Quadrado
By Paulo on segunda-feira, abril 06, 2009
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Ok. Então escreva sobre o que você sente. Nesse espaço quadradinho com linhas que tentam ser organizadas. Não, não é a folha, é o coração mesmo. Ou não, vai ver é a alma que de tanto ficar guardada nessa caixinha, acomodou-se em ser assim. Fechada, moldada, quadrada, organizada. É preciso muita coragem para enfim sofrer. E se abrir, e se rasgar e argumentar com as paredes aquelas discussões que de nada adiantou argumentar na mesa do jantar com seus melhores amigos. Tem dias que nem os amigos conseguem ver a alma. Tem dias que é ela, que de tão caixinha nada consegue ver. Por exemplo esses livros aqui na estante, argumentei. Eles me olham, eles não me tentam. Não são meus. Eu não desejo esses livros. Quem os colocou aqui? Será que não podemos ter um minuto de privacidade num cômodo da própria casa? Não quero lê-los. Eles não querem meus olhos. É como almoçar e logo depois sentar para almoçar outra vez a feijoada. Não gosto desse sentimento de prontidão. Quero novos livros, me desfazer de correr os olhos sobre os mesmos títulos. Parece a vida. Parece a caixa, tão pequena que irrita. É preciso coragem para sofrer, abrir os laços. Mas ainda assim, venho e escrevo, ela pensou. E escreveu, ela pensou que sim. Mas algumas palavras não passavam do teto, batiam no lustre e caiam no chão. Palavra no chão é tropeço na certa, além de ser muito diferente do fato de tropeçar nas estrelas, como diz aquele poema “…tropeçava nos astros..” Ta aí, queria almoçar esse livro imediatamente.
Finalmente muitas novidades, sede de criação, de trabalho, isso é bom.
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4 comentários for this post
hum..
prefiro ão comentar! rs..
bem sua cara!
Pra Luciana Elaiuy eu só digo uma coisa: Pior seria se pior fosse!!...aqui nesse seu quadrado só é postado conteúdo, por isso venho sempre dar minha espiadinha e agregar valores!..boa semana!..bjo!
... Não preciso nem dizer que todas as palavras me encantam, traduzem meu dia-a-dia e também nossas angústias, frustações...
Há dias em que a solidão é nossa melhor companheira, e por mais que estejamos acompanhados de pessoas, nos sentimos só por que aquele alguém que queremos não se faz presente; outros dias, somos as pessoas mais felizes do mundo, nada nos aflinge! Contraditório isso, não?!
Há dias que aquele livro de Dan Brown(que nos prende, nos deixa com vontade de "quero mais")em nossa estante já não tem mais graça, lemos então Lya Luft... e esse... ahhh ... esse é aquele famoso dia de reflexões, relembrar momentos, querer companhias que nos façam bem, nos façam ficar a vontade...
Vou te confessar... hoje é um dia como esse para mim, dia de reflexões. Depois de ler esse post, esse tão bem pensado post(e de quem poderia ser a ideia?!... ora de quem... Paulo!rss...)... Retomo minhas palavras do início: " Não preciso nem dizer que todas as palavras me encantam".
Me encantam como tua simplicidade, me encantam como tu tens o poder de encantar as pessoas.
Agora me disperso , não é?rssss...
xero grande!!!
* Livinha *
Lá em cima, o teto de vidro azulado cintilava ao sol da tarde, lançando raios que formavam padrões geométricos no ar e davam ao meu mundo uma sensação de gradiosidade... e que gradiosidade! ... TE ADOROOOOOOOOOOOOOO!!!